HEMORRAGIA PÓS-PARTO (HPP) Parte 2
Na semana passada, iniciamos um tópico sobre hemorragia pós-parto (HPP). Definimos HPP, explicamos os tipos, fatores de risco e causas. Esta semana concluiremos com outras causas de HPP, sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento.
Outras causas de HPP incluem:
SINTOMAS
O sangramento excessivo e persistente após o parto é o sintoma mais comum de hemorragia pós-parto. Outros sintomas incluem:
DIAGNÓSTICO
A hemorragia pós-parto é diagnosticada por meio de exames visuais e físicos, uma revisão completa do histórico médico do paciente e exames laboratoriais. Um método comum para estimar a perda de sangue é medir o volume de sangue coletado e pesar os absorventes ou esponjas encharcadas de sangue desde o parto. Outros diagnósticos incluem:
PREVENÇÃO
A melhor forma de prevenir a hemorragia pós-parto é identificar aquelas que apresentam alto risco antes do parto. Isso depende da divulgação do histórico médico e dos sintomas pelos pacientes ao ginecologista obstétrico. Garantir a ingestão adequada de ferro e níveis de glóbulos vermelhos durante a gravidez pode ajudar a reduzir a gravidade da hemorragia pós-parto, caso ela ocorra.
Triagem pré-natal e tratamento da anemia.
Evite ganho excessivo de peso.
Mulheres de ascendência africana, do Sudeste Asiático ou do Mediterrâneo devem ser testadas para a doença falciforme.
As ultrassonografias devem ser realizadas em mulheres com alto risco de ter uma placenta invasiva.
Se a paciente apresentar alto risco de hemorragia, o parto deve ser feito em local com banco de sangue e serviço cirúrgico interno.
Identificar pacientes religiosos que podem não consentir com a transfusão de sangue.
Evite episiotomia regular (um corte feito no tecido entre a abertura vaginal e o ânus durante o parto para aumentar a abertura vaginal para a passagem do bebê).
Evite fórceps e outros partos instrumentados, tanto quanto possível.
Use compressas quentes no períneo quando recomendado.
Além disso, alguns especialistas aconselham a amamentação o mais rápido possível após o parto para estimular a liberação de ocitocina ou a injeção pode ser administrada após o parto. Isso auxilia na contração do útero e auxilia na expulsão da placenta.
Logo após o parto, o esvaziamento da bexiga por meio da micção no parto vaginal ou o uso de cateter no parto por cesariana também pode ajudar a prevenir a HPP.
Capacitação de parteiras e obstetras na assistência pós-parto para prevenção de hemorragias.
TRATAMENTO
Na maioria dos casos, a HPP é tratada como uma emergência. O objetivo é estancar a origem do sangramento o mais rápido possível e repor o volume sanguíneo. O tratamento da HPP inclui:
Massagear o útero para ajudar a contrair os músculos no parto vaginal.
Uso de fluidos intravenosos e medicamentos como a ocitocina para estimular as contrações.
Remoção de tecido placentário retido.
Aplicar pressão nas paredes uterinas com um cateter ou balão.
Reparar rasgos ou lacerações vaginais, cervicais e uterinas.
Usando gaze estéril para embalar o útero.
Embolização da artéria uterina (selagem dos vasos sanguíneos que irrigam o útero).
Amarrando os vasos sanguíneos pelo parto OBGyn.
Transfusão de sangue.
CONCLUSÃO
A hemorragia pós-parto (HPP) é a principal causa de mortalidade materna em todo o mundo, sendo responsável por cerca de um quarto de todas as mortes maternas. O excesso de mortalidade materna requer uma abordagem coordenada por parte de uma equipe multidisciplinar para prevenção, detecção precoce e intervenção. Embora algumas mulheres tenham fatores de risco de HPP que podem ser identificados durante a gravidez, o trabalho de parto ou o parto, a maioria das mulheres com HPP grave não apresenta nenhum fator de risco. Como resultado, todas as mulheres grávidas devem ser consideradas em risco de HPP e monitorizadas adequadamente antes, durante e após o parto.
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